Oficina da Broa
“As primeiras espigas chegaram à Europa pelas mãos de Colombo em 1493, chegando pouco depois a Portugal pelos seus filhos, portugueses por sangue materno, por volta de 1515. Surgiram, assim, os nomes distintivos de milho, milho-miúdo, milho grosso e milho de maçaroca.
Ao contrário dos espanhóis, os portugueses colocaram logo o milho na sua alimentaçãoe o espalharam para todas as terras do Atlântico, do Índico e do Pacífico, bem como na América Portuguesa. Foram os portugueses que fizeram com que o milho ultrapassasse a produção mundial do trigo. Segundo vários autores, foi num barco português que surgiu a palavra “broa”.
“Broa” não tem origem no latim, mas sim no termo germânico “BROD”, latinizado nos finais do século IV, pelos padres missionários, mas que igualmente deu origem às palavras “broth”, “brou”, “brodo”e ao típico “breath” britânico. Ainda, em galego diz-se “boroa”, como aliás se dizia em português medieval.
Em 1417, num documento albergado na Torre do Tombo define-se broa como “pão de painço de que usavam os pobres”. Era o pão do dia-a-dia do povo, pois os abastados apenas aproveitavam o miolo. Só no século XX, a broa passou a ser o pão de todos, com a ascensão de classe, das classes mais trabalhadoras pela meritocracia, no final da Monarquia e na conservação do bom costume de comer broa.”
(fonte: http://brasaoportugues.blogspot.com)